29 outubro, 2012


Eu te procurei em cada canto da cidade, embaixo dos colchões, na poeira dos livros velhos e até no orvalho... Sorri sem jeito para um alguém na rua esperando encontrar alguém que me sorrisse de volta assim como você sorria nas manhãs de domingo, quando acordávamos preguiçosos, mas sedentos de amor... Senti saudades dos teus olhos semicerrados me observando através do espelho quebrado do banheiro.
Você me preenchia de tantas formas e agora apenas o abismo me completa. E não é que eu seja sentimentalista ou romântica demais, é só que sem teu corpo me aquecendo durante a madrugada eu congelo, meus nós se desfazem e meus remendos mal feitos ficam expostos. É que a união da tua pele com a minha vem funcionando como cicatrizante, como anestésico. E sem você só há caos...

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