Eu te procurei em cada canto da cidade, embaixo dos
colchões, na poeira dos livros velhos e até no orvalho... Sorri sem jeito para
um alguém na rua esperando encontrar alguém que me sorrisse de volta assim como
você sorria nas manhãs de domingo, quando acordávamos preguiçosos, mas sedentos
de amor... Senti saudades dos teus olhos semicerrados me observando através do
espelho quebrado do banheiro.
Você me preenchia de tantas formas e agora apenas o abismo
me completa. E não é que eu seja sentimentalista ou romântica demais, é só que
sem teu corpo me aquecendo durante a madrugada eu congelo, meus nós se desfazem
e meus remendos mal feitos ficam expostos. É que a união da tua pele com a
minha vem funcionando como cicatrizante, como anestésico. E sem você só há caos...
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