02 maio, 2012

Um brinde à dor!


Brindemos às nossas dores! Aquelas que sufocam durante as noites, despertando de um sono tão profundo e acolhedor, onde finalmente encontrara abrigo contra as amarguras. Aquela aflição que assombra durante o amanhecer, que dói a alma por não ter sequer um brilho de sol para iluminar lhe. As dores todas. Dos ossos, dos músculos, da pele... Do peito que arde em chama, escondido abaixo da camisa bem passada. Da retina que suplica por um mero borrão de luz. A agonia que martela a mente e penetra no cerne teu ser como parasita. A essas amarguras todas, do dia a dia. As aflições que nos acompanham e que embalam nossas insônias. Dores que esquecemos nos bolsos das calças ou nas velhas caixas de sapato embaixo da cama. Dores que convivemos e aceitamos. Dores que sentimos e nem percebemos.

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