Um latejar constante de dor e confusão
que fica e não cessa,
que embala e desorganiza,
que vira bagunça,
que faz minar lágrimas
e que seca a boca com gosto de saudade.
Um desejo pulsante e recriminado,
um não querer sentir sentindo,
porque é errado,
porque é proibido,
porque faz doer
e porque é pecado.
Um pecado doce,
que te faz bem
e que se faz bem.
Pecado de um sentimento divino,
puro e inocente
- ou não.
Verdade escondida e exalada
com cheiro de desprezo e desapego.
É medo, amor, não é não querer.
É o relutante saber da dependência,
que se tenta ocultar
na esperança que se torne tão tênue
que se rompa.
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